domingo, 11 de maio de 2008

Direito a não pensar demais...

Descartes num momento "iluminado"(ou então não) da sua existência, despertou para a realidade ao afirmar que não confia nos próprios sentidos, na medida em que estes enganam a mente. Exemplo disso, existem os sonhos, durante os quais acreditamos serem reais.
Sendo assim, e de um modo tão fácil, a realidade pode passar por ilusão, alimentando assim a desconfiança deste filósofo, quanto à própria existência. Alertado quanto a esta "crise interior", Descartes preocupado quanto à hipótese de não realmente existir, leva-o a desconfiar e duvidar de tudo... Mas foi neste devaneio, que chegou à conclusão que: Se duvido, é porque penso.... E se penso, é porque existo!

E foi assim que foi encontrada uma das teorias pioneiras, do pensamento moderno. Basicamente, é esta capacidade de raciocinar, que nos distingue dos outros animais, vulgarmente denominados de irracionais... Além das outras diferenças óbvias, é claro...

Mas não se pense que com a capacidade de pensar tudo se torna num mar de rosas, pois esta capacidade imensamente infinita que possuímos, acarreta outras consequências como as vezes em que pensamos em algo, e nos perdemos no imenso "todo" que a engloba. O acto de pensar demais, faz com que vejamos asas num ser humano, ou seja, são vistas coisas onde elas realmente não existem, provocando com que algo simples, tome proporções gigantescas e até mesmo angustiantes. Quantas vezes não receamos determinada situação, e nos instantes que antecede a mesma, passamos por um período tal de ansiedade, e quando ultrapassado tal momento, sentimos: " Se fosse agora, não tinha remexido na minha cabeça, metade do que pensei"... Simplesmente porque os acontecimentos se foram encaixando uns nos outros e porque existem situações que se ignorarmos, vão ser exactamente o que elas são... Diminutas e insignificantes.

Claro que tudo isto, faz parte da curva de evolução pessoal de cada um de nós, e só vivendo dia-a-dia, é que conseguimos lidar com o que está lá fora...

Pensar, sim... Forçar o pensamento e prolongá-lo mais do que ele merece, não...
E que tal esse conceito tão globalmente esquecido? Viver sem pressa !!

E não esquecendo a velha máxima de :o que somos e para onde vamos (Pronto vá, reconheço que esta expressão agora, foi algo maliciosa, eheh)...

Pensar faz mal à nossa consciência e ao nosso coração... Não vale a pena pensar... E que tal sentir, e ouvir mais vezes este último?

Só para que fique registado em acta: Enquanto escrevo hoje, ouço Don't Worry, Be Happy!!!

P.S: Para se proceder à cura, primeiro há que assumir que o problema existe... Eu assumo ;)



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